terça-feira, 23 de abril de 2013

Morte



Quando eu morrer
Não vá ao enterro
Dê uma daquelas desculpas,
Diga que não se sente bem

Quando eu morrer
Não quero que chore
Ou que comemore
Diante de um cadáver gelado

Quando eu morrer
Não diga: - Eu avisei
Ou simplesmente pense
Que tudo tem uma hora para acontecer

Quando eu morrer
Eu quero o silêncio, o esquecimento
Pois é só na brutalidade da quietude
Que verdadeiramente os mortos tornam-se imortais

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