Eu contaria os segundos longe de você em intervalos de dez
Para que antes da primeira dezena já sentisse o tempo sem você.
Se pudesse, faria coisas que jamais fiz, seria um pouco piegas
talvez, brindar-te ia a cada pingo de chuva ou contaria as nuvens do
céu até o fim.
Iria morar no campo, mudar de nome, preparar o jantar.
Teria os defeitos que ele tem e vestiria aquela camisa que você gosta, seria ciumento, careta ou até mesmo te serviria o café.
Ousaria dizer eu te amo ou desligar o celular. Seria vegetariano ou
até mudaria para o Japão, tentaria ser um herói, ou um vilão se quisesse
assim.
Escreveria uma carta por dia para alguém que não conheço.
Talvez ficasse sem fôlego de tanto correr em volta da sua casa. Faria um origami, uma música ou quem sabe te servir o almoço.
Teria pudor de cantar no chuveiro e não teria de assoviar o nosso
som. Leria todos os livros de psicologia para tentar te entender, faria
uma poesia, um ensaio, ou publicaria um livro sobre nós dois.
Levaria o cachorro para passear, a criança na escola, viajaria até a
Irlanda. Iria compor uma musica ou uma serenata para os mendigos da rua,
sairia na pista do carnaval ou de papai noel no natal.
Para que quando o tempo levar as flores para dentro do caixão, ninguém se arrependa de nada, então, nem das ondas do mar, nem da brisa do verão.
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